sexta-feira, outubro 29, 2010

Sono

Percebo agora que divido cada segundo em milésimos de desatenção e deixo de conseguir concentrar-me. Vagueia-me a mente por campos dourados por espigas de trigo, pressinto o sorriso e deslizo para outro local onde o sol empresta brilho às ruas de casinhas brancas, escrupulosamente arrumadas por alturas. Não deixo de sorrir, pelo contrário. Há um torpor agradável que me percorre o corpo e me coloca num estado de quase letargia. Apetece-me fechar os olhos e permitir que o alento se metamorfoseie em concha onde possa dormir nas próximas horas.

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