quarta-feira, novembro 02, 2011

Felicidade vs. Infelicidade

O Texto foi retirado de um blog que eu adoro : "às nove no meu blog", que por sua vez já tinha sido retirado de um outro blog "Tanto para contar". Como realmente me identifiquei com o texto, pela beleza das palavras e das ideias e pela lufada de esperança que transmite, partilho-o aqui:

Não entendo esta coisa de escolher ser infeliz.

Já dizia o anúncio que a felicidade é uma viagem que se começa de pequenino. Porque não vem do material, não vem do dinheiro, não vem do trabalho nem da realização profissional. Não vem do estarmos juntos ou separados. Vem do ser, em cada momento da nossa vida, aquilo que queremos ser. Claro que o ser implica o ter e o fazer, mas é diferente. E eu acredito que a felicidade vem da conjugação do verbo ser.

Hoje sou aquilo que quero ser. Seja isso uma profissional realizada, uma mãe dedicada, uma esposa carinhosa. Seja eu hoje apenas um projecto de algo que quero ser amanhã, porque é este o timing, porque é assim que a vida se constrói. Hoje sou feliz porque não há outro sítio onde gostasse de estar, não há nada que me fizesse mais feliz do que estar aqui. E o aqui pode nem sequer ser geográfico. O aqui pode ser nada mais que um estado de alma, uma decisão, um caminho para qualquer lado.

E é por isso que não entendo esta coisa de escolher ser infeliz, de passar pelo espelho e virar a cara, ao invés de parar e perguntar "Como é que eu sou feliz hoje?". Normalmente, se a pergunta é simples a resposta ainda é mais, e vem de dentro, do coração, pelo que nem é preciso pensar. É só respirar fundo e escutar. E depois arregaçar as mangas e continuar a andar, em direcção a esse sítio onde hoje, seremos felizes.

quinta-feira, outubro 13, 2011

Admitir

Reconhece que afinal não era assim tão interessante, que nunca foi pessoa de destaque.

Encontra aconchego na sua pele actual e desliza para preencher todos os espaços.

Pergunta-se onde foi buscar alguns dos pseudo-objectivos de vida que hasteava como se de uma bandeira se tratasse.

Olha-se finalmente, sem pudores. Descreve-se com o olhar, na euforia de um silêncio. Descobre um sorriso.

quinta-feira, setembro 22, 2011

Wink

Apetecia-me dizer que sinto cadências de felicidade de cada vez que pestanejo. E é quase verdade.

segunda-feira, setembro 19, 2011

Regresso

Talvez tenha chorado convulsivamente durante uns quinze minutos. Talvez tenha deixado de pensar nos planos que faço compulsivamente para a minha vida. Talvez, por momentos, tenha deixado de me imaginar num outro cenário.Talvez. Não sei. Sei que dois minutos antes, ouvi a Elba Ramalho a querer embalar-me com o seu Aconchego e vi-me presa num rodízio de palavras avessas ao meu regresso.

Definição

Pediste-me uma definição, eu tentei ser simples e clara, não quis ser rebuscada, nem alongar-me demasiado, como quem se explica.
“Un ensemble de rien qui me fait sentir bien".
Saíram estas palavras que num primeiro instante me soaram bem. Queria acreditar que eram a melhor definição, mas mesmo assim acabei por te confessar que temia que uma frase assim tão simples não materializasse a intensidade que queria conferir. Sei que passávamos por aqueles canteiros tão ordeiramente preenchidos a vermelho e amarelo, sei que as luzes da cidade mostravam uma avenida arrumada e orgulhosa. Senti-te compreender e quis perpetuar o momento.

quarta-feira, setembro 07, 2011

E agora?


Quando li este post da Rafaela, senti que de alguma forma se passava o mesmo comigo. Já há muito tempo que admiti o bloqueio que sinto em escrever para o blog, ou melhor dizendo, em publicar algo no blog. O bloqueio baseia-se numa série de razões que não vem ao caso explicar detalhadamente ou correria o risco de redigir aqui uma dissertação de muitas páginas.

Iniciei o Cor de Sonho em 2006, numa altura em que o meu desejo de escrever se manifestava de uma forma bastante forte e premente. A inspiração estava sempre presente e geralmente a dificuldade era em escolher o texto que melhor se adequava a ser publicado. Desde então, a vida deu muitas voltas e, de há muitos meses para cá, embora exista a inspiração (mesmo mais espartilhada pela gritante falta de tempo disponível), sinto-me muito condicionada por sentir que o caminho que tracei para o blog não fará muito sentido actualmente. Hoje, vacilo entre encerrar o blog (é verdade que não tenho tido a coragem necessária) ou mudar de rumo. Além disso, sinto-me com vontade de tentar outros registos e, mesmo sabendo que não tenho a mínima hipótese de competir com blogs maravilhosos que existem na nossa blogosfera, onde se discutem temas da actualidade ou assuntos mais ou menos fúteis com certa graça e muito talento, estou quase decidida a experimentar.

Falta só um pequeno passo, mas estou quase convencida a arriscar.

quarta-feira, julho 27, 2011

Promessa

É mesmo a sério e vou esforçar-me por cumprir.
A partir de Sexta-feira e durante três semanas, o meu contacto diário com o computador será de, no máximo, uns meros 15 minutos. Estou a um pequeno passo de entrar em colapso depois de um ano muito intenso (apetecia-me dizer: violentamente intenso) de trabalho e emoções fortes. Quase me sinto incapaz de enumerar tudo quanto vivi, quando tento fazer uma retrospectiva de tudo o que aconteceu desde há um ano. Portanto, estou em contagem decrescente para uns dias de praia, uns dias de relax em casa, para poder ter umas horas de disponibilidade mental e conseguir ler uns dez livros que juntei entretanto por ler, para poder sair, para poder ficar no meu pátio à noite a conversar e a rir até de madrugada e para tentar assimilar tudo o que me tem acontecido ultimamente e preparar-me para os próximos desafios.  

quinta-feira, julho 21, 2011

Nostalgia

De repente, apareceram-me umas saudades inexplicáveis dos fins de tarde na praia, nos meus tempos de criança. Do movimento de pessoas a sair da praia, com toalhas, chapéus de sol, cadeiras e sacos, que eu observava atentamente. Do vendedor de pipocas vestido de branco, que passava e deixava no ar aquele cheio adocicado enquanto apregoava as "pipocas quentinhas". Dos vultos que se passeavam à beira-mar. Da carícia que é o sol nessas horas.  

sexta-feira, julho 08, 2011

Bom dia, todos os dias

Esgoto-me e renasço todos os dias feliz por poder continuar. Não haverá limites para quem deseja descobrir todos os dias algo novo e anseia completar um pouco mais a alma. Sigo, plena de tranquilidade e grata por as âncoras da dor e da crueza não passarem agora de uma reminiscência vaga e ocasional. Ainda assim, uma reminiscência…

quarta-feira, junho 22, 2011

Ponto da situação

Antes, era um gesto diário: visitar o blog, às vezes para publicar um "post", outras vezes apenas para verificar como soavam as palavras depois de repousadas, depois de assente o pó que levantaram. Sabia-me bem ficar ali a apreciá-las por momentos e a pensar no quão intensas elas se tornavam apenas por ganharem vida ali gravadas. 
Agora, os acontecimentos têm-se atropelado a uma velocidade de tal forma estonteante que não consigo reunir a disponibilidade mental necessária para converter em palavras as sensações que têm feito parte da minha vida. 
A partir de agora, quero ter esse tempo e essa disponibilidade e dar continuidade a um prazer imenso: escrever.