Ei-la a dar voltas e voltas, a fazer piruetas sem sair do mesmo sítio. Repare-se como se pavoneia, se espaventa, se despe e veste com infindáveis artifícios, como esbraceja e gesticula incansavelmente.
Ei-la a sorrir, depois a rir discretamente para terminar num gargalhar intenso. Repare-se no reportório interminável de palavras que quase vomita, no arfar do seu peito, na ênfase que coloca no seu discurso.
Ei-la ansiosa, oprimida pelo medo de falhar, perpassada pelo pânico de se alvitrar a sua insignificância.
2 comentários:
Só posso adiantar que a insignificância descrita (percebida) realmente funciona, quando é bem feita. Às vezes também me parece ridícula. Infelizmente ou não, injustamente ou não, a eficácia é medida pelos resultados. Provavelmente os resultados também serão insignificantes.
Que sensível. Parabéns.
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