Repetem-se gestos, copiam-se frases, acenares de cabeça, trejeitos e até o jeito de falar. É preciso adivinhar o que lhes vai por detrás do esmalte que os faz brilhar. Gritamos e reclamamos mais franqueza, não sem antes sublinharmos a necessidade de não resvalar. É preciso seguir a linha que lhes orienta a locomoção com cuidado. Não soltar as pontas, manter na posição certa, saber quando curvar, saber quando inclinar. Articulam-se palavras que cremos não saber dizer, embalamos quimeras com canções de encantar e lá nos deixamos adormecer.
2 comentários:
tão bonito...
Descrito assim, parece uma dança.
Há uns anos, eu era uma bolinha pequena que navegava pela Terra ou pelo Universo para odermecer.
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