segunda-feira, agosto 31, 2009

Gosto


Gosto do vento quente no cabelo e na cara e de sentir o restolhar de folhas secas sob os pés. Gosto de amoras maduras que se desfazem na boca e que tingem as mãos. Gosto de campos de girassóis e das buganvílias dos terraços. Gosto de mergulhar os pés na água do rio a correr e de ler de páginas de livros com sofreguidão e curiosidade. Gosto de rir à gargalhada e do olhar dos outros quando conto histórias. Gosto de pensar que me posso sempre reinventar.

sexta-feira, agosto 28, 2009

Quase gosto...

Poderia dizer, qual seguidora do Pedro Paixão, que "quase gosto da vida que tenho"... mas só de vez em quando. Eu que ando há quase dois anos a tentar convencer-me a pensar positivo todos os dias, a ignorar ou desvalorizar tudo de negativo quanto acontece à minha volta, continuo a achar que não era esta a vida que eu deveria viver.
Posso parecer pretensiosa ou mal agradecida, mas não é bem assim. Agradeço todos os dias pelas coisas boas da minha vida, incluindo aquelas que costumamos dar como adquiridas até nos faltarem. Sei que tudo quanto tenho na vida foi conquistado com esforço, com muita persistência (quase a roçar a teimosia) e dedicação, mas ultimamente tenho dado por mim a considerar que afinal o "tudo" que consegui não passa de migalhas que não me saciam a fome de viver.

quarta-feira, agosto 26, 2009

Relax


Depois das minhas (quase) férias, agora precisava mesmo era de passar uns dias num sítio assim para recuperar as forças.

quarta-feira, agosto 12, 2009

Virar a página


Se eu reparar bem, não foi assim nenhuma novidade o que aconteceu. Tratou-se da evolução natural de um processo que (quase) não poderia ter outro desfecho.

É como quando temos visitas. Mesmo que sejam aguardadas com muitas saudades, se ficarem durante muito tempo, acabamos por nos questionar todos os dias sobre o dia em que decidirão partir de uma vez por todas e, nesse dia, suspiraremos de alívio e vamos querer arrumar todos os sítios por onde as visitas passaram e voltar a pôr tudo como era anteriormente. É assim que me sinto, como se tivesse sido uma visita na vida de algumas pessoas, como se nunca tivesse realmente sido acolhida como “da casa”. Suponho que murmuravam nas minhas costas de sobrolho carregado, que compunham sorrisos “amarelos” quando eu chegava, que diziam piadas (sem piada nenhuma) de circunstância à espera que me risse ou que concordasse com as ideias que defendiam. E eu sorria a tudo (tal era a ânsia de agradar) e lutava com quantas forças tinha por eles/elas, para lhes mostrar até onde conseguiam ir e para que sentissem que eu estavam lá sempre, que era a personificação do “ombro amigo” a qualquer hora, por qualquer razão, incondicionalmente…

A pouco e pouco, quase sem me aperceber, comecei a sentir que simplesmente não era desejada nas vidas dessas pessoas e que afinal não bastava a minha dedicação, nem nada que viesse da minha parte. Foi tão mais duro o corte pela brutalidade, pela injustiça, pela crueldade pura das palavras que o acompanharam. Essa parte talvez ainda não tenha conseguido ultrapassar, em parte, porque quero recordar-me todos os dias de como as pessoas que nos são próximas podem ser tão bestialmente ingratas. Como um marco que me obriga a reflectir e voltar à realidade quando a mente e o coração começam a querer voar mais alto. Mesmo assim, continuarei a acreditar que todo este longuíssimo episódio foi somente um tropeço na calçada e não um desaire. Longe disso!

sexta-feira, agosto 07, 2009

Voltei!


O caminho mais fácil era apagar o blog. Mas, eu não sou adepta de caminhos fáceis quando o propósito da viagem não me convence. Se quero mudar de rumo, mudo o rumo do blog! E pronto!

Se o blog vai continuar a ser o meu “muro das lamentações”??? Vai, sim. Talvez numa outra vertente e noutro formato, mas vai continuar a ser o local onde deixo opiniões e “despejo” emoções e ideias.

Se vou continuar a escrever textos poéticos e colocar aqui no blog?? Sim e não. Sim, vou continuar a escrever esse tipo de textos. Não, não os vou colocar aqui no blog. A partir de agora, a roupagem nova do blog será na forma escrita e não no aspecto visual.

Se só vou colocar textos depressivos??? Espero que não, mas com certeza dependerá do meu estado de espírito. Prometo que vou ter o “depressómetro” ligado e estar atenta para não causar insónias aos possíveis leitores.

Se alguma vez vou desistir do “Cor de Sonho”? É provável que não. Não sou muito de desistir… Às vezes, faço umas paragens estratégicas só para ponderar bem as opções e seguir com mais convicção depois!

Estou feliz por voltar à blogosfera!