domingo, janeiro 30, 2011

De luz e de sombra


No início, tentei encontrar razões para não acreditar que seria possível viver uma história assim. Reflecti e analisei. Muni-me de pretextos e continuei espartilhada, a guerrear pela ideia oca de estabilidade que acreditava ter. E persistia naquele fluxo de palavras que anteriormente tinham traduzido ideias e significado certezas. Um dia e outro dia, engalanada de retórica. Depois, sentei-me e conversei comigo, num dia em que a luz do Outono se mantinha ocupada a desenhar formas esbatidas. E senti que não adiantava protelar mais o inevitável. Passei a dividir-me entre querer absorver as sensações novas, saborear as gargalhadas, ver a tua linha do horizonte, partilhar, conversar e ouvir a tua perspectiva. E acredito… que seremos muito mais que uma referência diluída numa esperança de adolescência retardada ou um estado de optimismo perfeitamente inadequado ao momento.

quinta-feira, janeiro 27, 2011

R de reaprender

Em momentos de insegurança, serei aprendiz de mim mesma. Das minhas suposições e certezas. Em todos os dias, a partir de agora.

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Off... on


Bloqueio, por vezes, a percepção do mundo em meu redor pelas inúmeras interferências que me agudizam a periclitante estabilidade e serenidade. Fico em modo off, off para ironias, off para descréditos, off para incertezas, off para medos, off para quase tudo. Aproveito e inspiro mais calmamente. Deixo-me deslizar e lá estou eu, de sorriso vago, de olhar mortiço, a acenar a cabeça em espírito de aparente concordância, a rir em intervalos programados, sem ouvir, nem absorver nenhuma palavra das que teimam em empurrar para a minha frente. Apetece-me fechar os olhos, ignorar quem impõe a presença, quem tolda a faixa visual que quero manter à minha frente. Quero só viver aqueles momentos zen forçados e tentar voltar ao meu equilíbrio.
Depois de um pedaço de tempo, nem sempre muito previsível, lá consigo regressar e deixar de afivelar a expressão quase esfíngica que me vai protegendo. Lentamente, vou amolecendo a resistência com pensamentos encorajadores, libertando a tensão, descosendo as camadas de dormência com que me tinha tapado.
(Finjo que) estou pronta para outra e lá sigo… em modo on.

segunda-feira, janeiro 10, 2011

O ano novo

Poderia ter feito uma lista de must do para o Ano Novo e, conhecendo-me como conheço, iria segui-la à risca para, no fim do ano, poder respirar de alívio pelo dever cumprido. Eu sei que o faria. No entanto, este ano a minha única meta a alcançar é: viver intensamente. Só isso, nada mais.