sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Há sempre...

Há sempre...
ervilhas de cheiro e miosótis nos canteiros que ladeiam este caminho.
um rasto de avião que nos leva a querer desejar.
girassóis que iluminam campos e nos prestam atenção.
borboletas que pousam e aguardam o melhor momento para partir.
vento que empurra as velas dos moinhos e instiga D. Quixotes a continuar a sonhar.
Dulcineias perdidas, Romeus e Julietas desesperados, um Pedro e uma Inês infinitamente martirizados.
um luar que testemunha sorrisos, gargalhadas limpas e rostos felizes.
um sol que encobre dor, feições sulcadas de mágoa e gritos de desespero.
sonhos que comandam vidas e vidas entrecortadas por pesadelos.

Tal como haverá sempre...
...
esperança para continuar.