Quando ela chega, inunda o ambiente com palavras que atropelam quem com elas se cruza.
Palavras evitadas pelos outros, palavras com cheiro a “déjà-vu”, palavras soltas, sem nexo, não articuladas, palavras voláteis como bolas de sabão, que não deixam rasto nem boa recordação.
Talvez amanhã, ou mesmo hoje (quem sabe), essas palavras mudem de guarda-roupa, de cenário, de condição.
Talvez amanhã, ou mesmo hoje (quem sabe), ela deixe de se parecer com o tal elefante numa loja de cristais.
Assim, quando ela chegasse, pintava de tons pastel o ar que respiramos com palavras doces e subtis.