quarta-feira, maio 24, 2006

“Acho tão Natural que não se Pense”

Hoje dei por mim a pensar neste poema do nosso Alberto Caeiro.
Lindíssimo...


“Acho tão Natural que não se Pense”

Acho tão natural que não se pense
Que me ponho a rir às vezes, sozinho,
Não sei bem de quê, mas é de qualquer cousa
Que tem que ver com haver gente que pensa ...
Que pensará o meu muro da minha sombra?
Pergunto-me às vezes isto até dar por mim
A perguntar-me cousas. . .
E então desagrado-me, e incomodo-me
Como se desse por mim com um pé dormente. . .

Que pensará isto de aquilo?
Nada pensa nada.
Terá a terra consciência das pedras e plantas que tem?
Se ela a tiver, que a tenha...
Que me importa isso a mim?
Se eu pensasse nessas cousas,
Deixaria de ver as árvores e as plantas
E deixava de ver a Terra,
Para ver só os meus pensamentos ...
Entristecia e ficava às escuras.
E assim, sem pensar tenho a Terra e o Céu.

Alberto Caeiro



segunda-feira, maio 22, 2006

Expressões da nossa língua I

Às vezes, ponho-me a pensar nas expressões que cada língua tem, nas expressões (às vezes, muito peculiares) que as pessoas utilizam. Uma delas é: "está como o tempo!", que se utiliza, normalmente, para dizer que alguém estará mal-humorado, ou não estará nos seus melhores dias.
Então, pus-me a pensar o quão limitativa e subjectiva era essa expressão.
Será que não podemos utilizar a expressão quando está bom tempo, ou seja, sol?
Será que as pessoas antes de utilizarem o “estar como o tempo” verificam cuidadosamente como está o tempo, para poderem usar a expressão com toda a justeza, depois de efectuarem uma séria reflexão, analisando as condições meteorológicas e o estado de espírito da pessoa a quem se referem?
E porque não a utilizam quando está um belo dia de sol, para descrever o estado de felicidade patente no rosto de alguém com quem falam? Ou quando está um dia de amenas temperaturas de Primavera, para falar de alguém que se apresenta admiravelmente calmo e sereno?
Como praticamente todas as outras, também esta é uma expressão nada linear.

terça-feira, maio 16, 2006

The (red) Independent



A edição de hoje do jornal "The Independent" está sob a responsabilidade do Bono. Trata-se de uma colaboração do jornal com o projecto RED (iniciativa de Bono, cujo objectivo principal é a campanha contra a Sida em África). Como seria de esperar, Bono Vox não deixa o seu crédito de "Sr. Solidariedade" por mãos alheias. Se consultarem a edição on-line do jornal vão deparar com uma primeira página impossível de ignorar e com um conteúdo algo diferente do habitual.
Esta é uma daquelas notícias que dá gosto ouvir, que faz nascer um sorriso nos lábios. Pena é que existam poucas pessoas que realmente se preocupem e trabalhem com o objectivo de vivermos todos num mundo muito melhor.

terça-feira, maio 09, 2006

Fotografia

A fotografia eterniza o momento.

Adoro fotografias, acho que é qualquer coisa de admirável poder observá-las no papel, no monitor de um computador, ou expostas em qualquer sala ou galeria e poder reparar, vezes sem conta, numa cor, num gesto ou numa particularidade de uma qualquer paisagem.

Há tempos atrás, encontrei uns sítios aqui na Internet com fotos muito interessantes (claro, umas mais que outras) que, de vez em quando, consulto para ir vendo as novidades.

http://www.1000imagens.com/
www.fotografia-na-net/
http://www.olhares.com/

Haverá com certeza muitos mais e talvez até com fotografias tão ou mais interessantes que estes. Fico a aguardar os vossos preciosos comentários com sugestões de sites sobre este assunto.

segunda-feira, maio 08, 2006

Cor de Sonho

Cor de sonho… pode ser tudo, pode ser nada.
São todas as cores, são as cores que quisermos.
O azul do céu, o verde da relva, o vermelho da papoila, o negro da noite são cores de sonho … tal como a cor do vento que passa, a cor do sol que alegra os nossos dias ou a cor do canto dos pássaros.

Este espaço vai ter como finalidade principal a publicação de textos que vou escrevendo, mais ou menos regularmente (conforme a inspiração) sobre os mais diversos assuntos, desde simples cogitações sobre as pequenas insignificâncias da vida a comentários a aspectos da actualidade.